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ADULTIZAÇÃO DAS CRIANÇAS: O PERIGO SILENCIOSO QUE OS PAIS PRECISAM COMBATER

  • radicaadvocacia
  • 24 de set.
  • 2 min de leitura

Nos últimos anos, o Brasil tem assistido a um fenômeno preocupante e cada vez mais visível: a adultização precoce das crianças.

A pressão por aparência, comportamentos e responsabilidades típicas de adultos tem invadido a infância – e o pior: muitas vezes, com a conivência ou até incentivo dos próprios adultos.

Essa prática tem consequências sérias para o desenvolvimento emocional, psicológico e social dos pequenos. É hora de entender o que é, por que acontece e como os pais podem — e devem — coibir esse tipo de conduta.

O que é adultização infantil?

Adultização é quando a criança é exposta, estimulada ou obrigada a vivenciar comportamentos, responsabilidades ou estéticas que não condizem com sua idade. Alguns exemplos comuns:

  • Exposição exagerada nas redes sociais;

  • Uso de roupas, maquiagens ou acessórios sensuais;

  • Participação em contextos de relacionamento afetivo ou sexualizado;

  • Atribuição de responsabilidades típicas de adultos;

  • Linguagem, danças ou conteúdos que envolvem erotização precoce.

Esse processo pode parecer inofensivo em um primeiro momento, mas afeta diretamente a construção da identidade, a autoestima e a saúde mental da criança.

Quais são os riscos?

A adultização rouba o direito à infância. Crianças submetidas a esse processo correm riscos graves, como:

  • Ansiedade e depressão;

  • Distorção da autoimagem;

  • Sexualização precoce e exposição a abusos;

  • Dificuldades nas relações sociais e escolares;

  • Carga emocional incompatível com sua maturidade.

Além disso, há uma questão jurídica: a proteção da criança e do adolescente é dever de todos, nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Permitir ou induzir a adultização pode configurar negligência, e em casos extremos, até crime.

O que os pais podem (e devem) fazer?

  1. Preserve a infância: Incentive brincadeiras, criatividade, socialização e tempo livre sem cobranças ou padrões estéticos.

  2. Cuidado com a exposição nas redes sociais: Evite transformar a imagem da criança em produto. Não publique fotos sensuais, vídeos com dancinhas inadequadas ou conteúdos que favoreçam julgamentos.

  3. Seja o exemplo: A criança repete o que vê. Modere o uso de redes, linguagem e atitudes em casa. Estabeleça limites saudáveis.

  4. Atenção aos conteúdos consumidos: Monitore vídeos, músicas, influenciadores e jogos. Nem tudo que é “para crianças” é, de fato, saudável.

  5. Diálogo constante: Fale sobre corpo, respeito, autoestima e redes sociais de forma adequada à idade. Quanto mais informação, mais proteção.

  6. Busque ajuda quando necessário: Psicólogos, pedagogos e advogados da área de família podem orientar os pais diante de situações mais graves.


Conclusão

Adultizar uma criança não é “engraçado”, “moderno” ou “inofensivo”. É uma forma de violência simbólica, que pode deixar marcas profundas e irreversíveis no desenvolvimento humano.

A infância é uma fase sagrada, e protegê-la é papel de todos — especialmente dos pais e responsáveis. Deixe seu filho ser criança. Ele terá toda a vida para ser adulto.

 
 
 

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